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Foto do escritorViagem Sem Escalas

Em Roma, um roteiro inspirado no cinema para os turistas

Atualizado: 23 de mai. de 2023

Quem anda pelas ruas de Roma logo é absorvido pelo clima único da capital da Itália. Monumentos de civilizações antigas, arquitetura barroca e igrejas opulentas em praças icônicas fazem da cidade um museu a céu aberto capaz de encantar turistas de todo o mundo. Conhecer Roma é vivenciar a história.



Irresistível, charmosa e peculiar. Em Roma, não falta inspiração. Adicione ao roteiro uma gastronomia mundialmente famosa, como as massas e os sorvetes coloridos e refrescantes até em dias de temperatura amena. Da Fontana de Trevi as Piazzas di Spagna e Navona ao Pantheon e o Coliseu. De lugares públicos a símbolos romanos, a cidade vive o passado cada vez mais presente.


Fontana di Trevi



Não por acaso que o passado rico e cultural de Roma ganha destaque nas telas do cinema e inspiram roteiros românticos e divertidos de turistas que desbravam a Roma moderna. Um dos protagonistas é a emblemática Fontana di Trevi. Quem aprecia essa exuberante fonte de estilo barroco de 26 metros de altura logo se recorda das clássicas cenas de Fellini, como La dolce vita, de 1960. Ou, então, se lembra de Roman holiday (A princesa e o plebeu), de 1953. Em 1954, lá estava ela novamente: desta vez, em A fonte dos desejos.



O interesse do cinema (e dos turistas) pela fonte não é em vão. Sua história remonta do ano 19 antes de Cristo, quando, diz a história, foi descoberta uma fonte de água bem na área central da cidade. E, como prezavam os costumes dos romanos, foi feita uma construção para canalizar a água. Ao longo dos séculos, muitas reformas foram feitas, sendo a mais famosa a de 1762 em gênero barroco, que permanece até hoje. Em 2015, foi feita a sua última reforma, que consumiu mais de 2 milhões de euros.



Em todo esse período, uma tradição permaneceu: jogar uma moeda na fonte e fazer um pedido. O gesto, presente em dezenas de filmes de diferentes nações, permanece vivo no ritual de quem por ali passa.



Mas não é apenas a Fontana di Trevi que tem seu espaço nos cinemas. Em 1999, as ruas foram cenário de “O talentoso Ripley”. Em 2012, Woody Allen trouxe o “Para Roma, com amor”, revisitando pontos turísticos como a Piazza Navona, o Pantheon e o Castelo Sant'Angelo e sua ponte secular.


Piazza Navona, Castelo Sant'Angelo e Pantheon


A Piazza Navona, o Pantheon e o Castelo Sant'Angelo e sua ponte secular, ficam perto da Fontana di Trevi, o que permite fazer o passeio a pé, deleitando-se com as belas ruelas seculares.



A Piazza Navona é uma das mais famosas na cidade e conta com obelisco. Sede do mercado da cidade no século XV, a praça conta com obras de Giacomo della Porta, como a Fontana di Nettuno (1574) e a Fontana del Moro (1576).



Bem perto dali está o Pantheon, cenário do longa Doze homens e um segredo, e construído em 27 antes de Cristo. O monumento já foi o Templo de todos os Deuses e posteriormente transformado em uma igreja, a Basílica di Santa Maria della Rotonda ou Basílica di Santa Maria ai Martiri.



Com entrada gratuita, e sempre lotada, é um dos monumentos mais bem preservados da Roma antiga. Em seu interior, a cúpula com uma abertura de 9 metros de diâmetro impressiona.



Presente em diversos filmes como em O Código Da Vinci , o Castelo Sant'Angelo e sua ponte, batizada de Sant'Angelo, merecem ser visitados. Localizado na margem direita do rio Tibre e próximo ao Vaticano, o Castelo é hoje um museu com peças medievais e religiosas.



Não falta história no local. O Castelo já foi mausoléu, edifício militar, fortaleza pertencente aos Papas e ainda serviu como prisão. A Ponte de Santo Ângelo é ornada por doze estátuas de anjos esculpidas por Gian Lorenzo Bernini.



Vaticano



Vaticano é uma cidade-estado, sede da Igreja Católica e residência do Papa Francisco. A dica para conhecer o Vaticano é chegar cedo nos dias que o Papa reza a missa na praça São Pedro, sempre às quartas-feiras e domingos pela manhã.



Aproveite para contemplar o local sagrado e beber água em uma das fontes espalhadas pelo local.



Basílica de São Pedro



Para entrar na Praça são Pedro, é preciso passar por um processo de segurança. Mas, apesar da quantidade de pessoas, o processo é rápido.



Dentro do Vaticano, a Basílica de São Pedro, onde é realizada a tradicional Missa do Galo na noite de Natal pelo Papa Francisco, é o símbolo máximo do catolicismo, com 23 mil metros quadrados. Sob o altar está está enterrado São Pedro, um dos doze apóstolos de Jesus.



A Basílica, classificada como Patrimônio Mundial da Humanidade, conta com 340 estátuas de santos, mártires e anjos em trabalhos de alguns dos maiores artistas da história, como Michelângelo, Rafael e Bernini.



Museu do Vaticano



Ao lado da praça central do Vaticano, a dica é seguir para o Museu do Vaticano. Para isso, é preciso sair da Praça São Pedro e seguir as placas que te levam até a entrada principal do museu.



Aprecie nos jardins do museu a escultura Grupo de Laocoonte. É uma cópia romana possivelmente de Hagesandro, Atenodoro e Polidoro de Rodes, do Séc. I d.C., com altura de 2,13 m.



A visita ao museu é encantadora. O ponto alto, sem dúvida, é a Capela Sistina, o, onde é proibido tirar fotos, embora grande parte dos turistas fotografe o teto escondido dos seguranças.



Em 1473, o Papa Sisto IV encomendou a restauração da capela com paredes decoradas por diversas artistas. Foi em 1508 que o Papa Júlio II contratou Michelangelo Buonarotti para fazer os afrescos do teto. E o resto foi história.



Imponente, o museu sedia obras variadas, ideais para uma bela tarde de contemplação.



É possível comprar o ingresso antecipadamente, mas chegamos cedo e não enfrentamos fila alguma.




Coliseu



Palco de lutas entre gladiadores, o anfiteatro foi construído no século I. Diz a lenda, que somente nos primeiros cem dias mais de dois mil gladiadores morreram na arena. Muitos eram escravos, sem experiência em combate, forçados a lutar. O destino dos gladiadores era decidido ao fim dos combates pelo imperador.



Em seu interior, o Coliseu, que abrigava até 80 mil pessoas, revela um pouco do passado, com seus diversos níveis e placas indicativas, que ajudam o turista a imaginar como eram os combates. Em seu interior, é possível entender - assim como ocorre hoje em teatros - que a ocupação era dividida de acordo com a classe social. Os assentos em mármore eram destinados aos mais ricos. Para o público em geral, lugares em pé.



Embora esteja parcialmente arruinado ​​por terremotos e saques, o Coliseu é o maior símbolo da Roma Imperial. É uma das atrações turísticas mais populares da capital italiana e tem também conexões com a Igreja Católica Romana, pois a cada Sexta-feira Santa, o Papa guia a Via Crúcis que começa na área em torno do Coliseu. Como fica um pouco mais afastado de outros pontos turísticos, o ideal é ir de metrô.



Quem vista o Coliseu, pode aproveitar o passeio e comprar o ingresso combinado para as ruínas do Fórum Romano e Palatino - mais um exemplo de que Roma é um verdadeiro museu à céu aberto. Como o espaço é grande, o mesmo bilhete pode ser usado durante dois dias. Andar pelo Fórum Romano é desbravar o que era o centro político e comercial da República Romana através de suas ruínas.



O conjunto de templos, basílicas e espaços públicos abrigava julgamentos e discursos públicos. Um dos destaques é a Casa das Vestais, sacerdotisas que cultuavam a deusa romana Vesta, filha de Cibele e Saturno. Elas eram escolhidas entre os 6 e 10 anos de idade e deviam servir ao templo por 30 anos.


Fórum Romano



Ainda no Fórum Romano, uma longa escadaria conduz ao chamado Palatino, local tido como o endereço da aristocracia, com o que sobrou de alguns palácios dos imperadores. Entre os destaques, há o Estádio Palatino e a Domus Augustana, com um jardim e o que restou de uma fonte e de suas paredes. Acredita-se que aqui teria sido fundada a cidade de Roma, em 753 antes de Cristo.




Outra cena que precisa estar no roteiro dos turistas é o Palazzo Mattei di Giove, um dos cenários de "O talentoso Ripley”. O edifício, na região central da cidade, esconde suas belezas em seu interior. Com esculturas em seu interior e diversos detalhes em sua fachada, acredita-se que Michelangelo teria trabalhado nessas obras. Se é ou não verdade, uma coisa é certa: o local recebe turistas e curiosos diariamente.



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