O Pelourinho de Salvador na Bahia tem muitas igrejas. Uma das mais belas construções e parada obrigatória é conhecer a Igreja do Rosário dos Homens Pretos.
Considerada a igreja do Pelourinho, que começou a ser construída em 1704, é dedicada à Nossa Senhora do Rosário. Com fachada em estilo rococó e na cor azul, as torres foram concluídas em 1781, junto com a fachada em estilo rococó, pelo mestre Caetano José da Costa.
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Ela foi erguida pelos membros da Irmandade de Nossa Senhora dos Homens Pretos do Pelourinho, escravos que só podiam trabalhar na obra em seus momentos de folga.
Em seu interior, a igreja possui um corpo central, galeria e anexos. A devoção a Nossa Senhora do Rosário ressalta uma especial predileção à Virgem por parte dos negros.
Registros não faltam que falam do apego à maria para liberação da escravidão em que se colocou o negro no Brasil. A identificação dos africanos e seus descendentes com a Senhora do Rosário é um fenômeno que liga Brasil e África.
Por isso, quem visita a Igreja, percebe a louvação das comunidades negras brasileiras, desde os tempos da escravidão, a santos negros como Antonio de Categeró, Benedito, Elesbão e Ifigência. A devoção não é apenas porque eram negros mas por representarem exemplos de martírio. Santa Bárbara, cuja imagem chegou à Igreja do Rosário em 1987, parece introduzir um elemento cultural importante que é a vinculação do negro baiano à cultura religiosa afro-brasileira.
Na Bahia, é sabido que a Santa Bárbara é associada à Iansã, entidade do Candomblé. No Brasil, existe a crença de que mártires do cativeiro e da escravidão são bons intercessores de pedidos e logo agem como intermediários para a obtenção de graças. Na Igreja há devoção à Escrava Anastácia.
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